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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AMBROSINA PINTO DE MORAES ABREU

Foto: www.geni.com/people

 

Ambrosina de Moraes Abreu (Pinto de Moraes)

 

Nomes alternativos:    "Dica"

Poetisa e Agricultora

 

Data de nascimento:   18 junho 1922

Local de nascimento:   Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil

Falecimento:      05 Maio 2010 (87)

Cruz Alta, Rio Grande do Sul, Brasil
Local de enterro: Tupanciretã, Rio Grande do Sul, Brasil

É cidadã Tupanciretanense e tem placa  com seu poema Tupancieretã, na praça Coronel Lima.
Tem títulos de acadêmica pelas cadeiras no. 54 da Academia de Letras dos Municípios – RS, pela cadeira no. 5 d Instituto Internacional de Poesia e pela cadeira no. 135 da Academia Goianense de Letras.

 

 

XIII ANTOLOGIA DE POETAS E ESCRITORES DOBRASIL. Organizada por Reis de Souza. Volume XXXVI. (Selecionados pela Revista Brasília).  Brasília: Grupo Brasília de Comunicação, 1999.88 p.     
Ex. bibl. Antonio Miranda  - Doação do livreiro Brito (DF)

 

 

BRASÍLIA – Lirismo

 

Amanhece.
Luz opalescente desce
sobre Brasília adormecida
que desperta e abre os olhos
das janelas
espreguiça-se retorna a vida
apura-se e despida
do manto azul-noite
usa vestes verdes e amarelas.
Fluidificada e feliz,
Olha no seu seio
perfumado de rosas e jasmins
as largas avenidas, as realizações arquitetônicas
tão belas,
do verde em meio,
em parques e jardins
e sorri admirando a singularidade
sem igual
de sua belíssima catedral,
junta-se ao sol
que brilha com alacridade
envolvendo em luz dourada
os Palácios Itamarati, da Justiça,
do Congresso, e da Alvorada
e os contempla toda felicidade.
Vaidosa orna o regaço
com flores do cerrado
com rosas e com palmas graciosa dos buritizais.
A brisa plena de ternura
beija-lhe traço por traço
e acaricia-lhe o penteado
nas cabeleiras das árvores ornamentais.
O lago Paranoá
apaixonado terno
suas formas cinge fascinado,
em um sonho de amor eterno.


BRASÍLIA -  Amor

Brasília é amor... grande carinho
semeia ao longo
de suas avenidas e estradas,
beijos trocados com o sol
numa paixão. Seu caminho
é em ternura e em flores matizadas
Brasília é amor sensual, sorridente
e com ternura conquista
toda a gente.
Aprisiona nos braços seu ardente e lindo
sonho azulado imenso que não finda.
A todos segreda esperanças, seduz envolvente,
sorri, recebe no seu mundo de acalanto
a ansiosa alumia ternamente
com doces luzes de amor e de encanto|
cariciosa, sem alardes
guarda a música da felicidade
recolhida nos ninhos
na paz das ensolaradas tardes
Brasília — amor
da sua alma carícia
desfolhas luminosidade.
Canta seu ideal
que é a conquista suprema
de ver refletir em
todas as faces
o sorriso de luz
das estrelas.

 

 

O AMANHECER

Amanhece.
A quietude fala dentro do mato
enquanto a claridade desfolha alvura
nos campos do ver Tupanciretã.
Estrelas com pupilas de gato
olham à terra-ternura
por entre almofadões de lã.
A lua põe brilho
nas olheiras do infinito.
As águas do rio
enrolados no silêncio
dormem acariciadas pelo luar,
enfeitadas pelas ternas avencas
e pela solidão.
O bailado verde das árvores
perfuma o ar.
O sol, em borbotões de luz,
ilumina os olhos da manhã,
acorda Tupanciretã
e afasta da minh´alma
esta saudade vã.

***
OBS.: Tupanciretã – Cidade do interior do Rio Grande
do Sul, Brasil. Em guarani, Tupanciretã quer dizer
“Terra da Mãe de Deus”.


 

 TUPANCIRETà  

Ouço teu canto amado
na voz do minuano
que passa gelado assobiando vaqueano
abraça-me, fere-me
atrevido e aporreado
escabela-me e lambe-me a pele.

Sinto teus encantos magos
no sussurro do olho d´água
caricia que me impele
ao devaneio. E, vejo-te
escorrendo afagos
nas canções dos rios
teus apelos d´amor
teu grito de libertação
e teu chamamento à terra.

Na noite diviso-te
cavalgando no pampeiro
entre as flechilhas
dos campos de cima da serra
e meus olhos te seguem fascinados
és um deus pagão, indomável
rasgas a escuridão dos campos
repontas evocações pelas coxilhas
acordas a mata, as avencas e as trepadeiras.


TUPANCIRETÃ

O silêncio beija a boca da noite
E o luar cobre a magnificência
De sua carne azul e sensual
Com franjas alvas de doce transparência
Tupanciretã fulge em beleza sem igual...
Nos campos brancos, invernadas de bonanças,
Galopam manadas de esperança

Esguias palmeira são delicados entremeio
Pelos caminhos tão claros de silêncio cheios,
Dentro da noite alfombrada em neblina,
Perfumando a luxúria do alvor
Das curvas coxilhas
Florescem as flavas mansenilhas
Da fonte, musicalizando a alvura calma...

Um canto brilhante e líquido se espalma
Alegrando a mata misteriosa e queda...
Pirilampos luminosos esvoaçam
E aves noturnas em vão rápido passam...
A luminosidade é sem limite nos espaços
Astros envolvem Tupanciretã nos braços.
E te entreverás nos rodeios e pirilampos
de parceria com luas andarilhas.

***
Minuano : Vento muito frio e seco do sudoeste, que no sul
do Brasil se manifesta em meses do inverno.
Pampeiro: Vento forte que sopra do sudoeste,  sendo dos
pampas argentinos.

       

       

 

*

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Página publicada em setembro de 2021


 

 

 
 
 
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